grafite
garatujo no papel branco
e cúmplice
nele tua esquecida
feição se esboça
sem razão de ser
risco tua boca
folha caída de maio
seiva terra carbono água-forte
que tento colar à minha retina
árida de matizes
de tecnicolor
como cada palavra
numa frase inteira
poema que no escuro a mão não
escreveu
março de 2005
*
leia também aqui