Nenhuma tempestade no céu
no mar ou num copo d'água.
O corpo percorre quintais, corre-
dores, salas, avenidas
e acuado aguarda uma tarde
que já não arde mais: distante
anterior à noite — silenciosa
fria, subterrânea. E a madrugada
espreita acima da copa
da árvores, rasante: morcego
acordado, cego, rascante.
Parado, meu sangue espera.