Em algum lugar, descansa
um farol. Dormem fanfarras.
E um limpo uniforme veste
a fúria e a inocência
de um policial. Das ruínas
do antigo prédio nascem raízes
que vão dar neste quarto:
flores e cogumelos brotam
do colchão. Mas o mar
daqui demora.
Sua areia, maculada hóstia
sob a luz da tarde, envolve

os corpos, que ardem.



2 comentários:

Anônimo disse...

belíssimo!

Felipe Mendonça disse...

Vim só pra dizer que li seus poemas e gostei muito. Também sou poeta. Meu blog é http//felipemendonca76.blogspot.com
Grande abraço.