Nenhuma tempestade no céu
no mar ou num copo d'água.
O corpo percorre quintais, corre-
dores, salas, avenidas
e acuado aguarda uma tarde
que já não arde mais: distante
anterior à noite — silenciosa
fria, subterrânea. E a madrugada
espreita acima da copa
da árvores, rasante: morcego
acordado, cego, rascante.
Parado, meu sangue espera.
2 comentários:
ainda sobre o outro poema, achei ontem uma coisa que o Eliot disse, que escrever não é expressão da personalidade, mas é um liberta-se dela!
Oi Jõao passo aqui para agradecer suas palavras em meu blog. Fico muito feliz que esses versos ecoem, reverberem e cresçam... Apareça sempre!! Sinceramente gostei muito desse seu poema também... Que surpresa boa!! Abraço
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