Trabalhando os dias
com a mesma febre
de um pintor minimalista
os olhos salpicados de realidade
esplendem uma ponte calma
de esperança e horror
pra lá de um horizonte
disforme ainda.

Num céu que não se situa
teus olhos traçam
o necessário pássaro
a pressentir suas asas
na cage d'amour
no fio do anzol
no vazio macio e inescapável
de um anjo vestido de azul




2 comentários:

Bruno de Abreu disse...

é isso. arte (minimalista) é composta predominantemente por febre, pra lá de horizontes disformes ainda. o resto é o mínimo.

(preciso decorar na minha vida ao menos essa sua primeira estrofe, rsrsrs)

Adilson Fabri Pereira disse...

Joao Lima, gostei do seu blog. Adicionei nos favoritos.
Abracos